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CORRESPONDENCIA

 

Lunes, 29 de Febrero de 2016



Novedades en el caso Gaztelueta.- Gervasio

Novedades en el “caso Gaztelueta”

 

Autor: Gervasio, 29/02/2016

        

El diario “La Nueva España” publicaba el pasado viernes 26 de febrero, una noticia, de la que ya había dado cuenta Aloevera haciéndose eco de lo publicado en el diario “El Mundo” el día 25 pasado. En la página 78 de la sección Sucesos de “La Nueva España” se lee:

Los forenses ven indicios de abuso en un caso de pederastia que cerró el Vaticano

El menor, al que defienden dos letrados de Gijón, denunció a su preceptor en un colegio del Opus. El Papa intervino y llegó a escribir a los padres

Oviedo, E. LAGAR. —Los forenses aprecian indicios de abusos sexuales en un caso de supuesta pederastia en Bilbao al que el Vaticano decidió dar carpetazo. Los padres del menor, defendidos por dos letrados gijoneses, han llevado ante los tribunales los abusos a los que habría sido sometido su hijo por parte de su preceptor en un colegio religioso bilbaíno vinculado al Opus...



(Leer artículo completo...)




Sobre el Opus Dei y la homosexualidad.- Ramón

Hola a todos,

Tras mi escrito de la semana pasada, me interesaba ver si la Clínica Universitaria de Navarra (CUN) es coherente con lo que predican sus facultativos, y de paso responder a Pantagruel (26 de febrero).

En este sentido, me tomé la molestia de mirar la web de la CUN, donde el Dr. Jokin de Irala (el que dice que como científico no le cabe duda de que la homosexualidad se hace y no se nace) es catedrático de Salud Pública.

Pues bien, en la web de la CUN, departamento de Psiquiatría, "enfermedades que tratamos", veréis que por ninguna parte se trata la homosexualidad, ni siquiera cuando hablan de tratar trastornos de la sexualidad. Esto está bien y es muy razonable, porque es algo acorde con el corpus científico actual. 

Vamos: que el Opus Dei o sus miembros, antes de ponerse a largar o se atienen a la evidencia científica y entonces se callan sobre este tema, o son consecuentes y ofrecen esos tratamientos en su clínica y se enfrentan al lío que van a tener con los comités de ética de medio país.

Los tratamientos que se ofrecen contra la homosexualidad no funcionan, la evidencia científica es escasísima, con frecuencia deja bastante que desear, y no se publica nada de fuste (con el escaso fuste que tenía ya de antemano) desde hace casi dos décadas. Si alguien tiene dudas, puede acceder a la mayor biblioteca médica del mundo, PubMed, que es de acceso libre e intentar encontrar algo. Con frecuencia las publicaciones proceden de individuos como el Sr. Irala que, sin mayor cualificación y ligados a entidades ultras se dedican a meterse en la cabeza, corazón y cama ajenos. Como si no hubiera mejores cosas que hace.

No es cierto que "las asociaciones gays no dejan que los gays se enteren de que esos tratamientos funcionan". Afirmar eso es increíble y pone a los gays como memos e idiotas que no saben decidir por sí solos lo que les hace falta, como si estuvieran abducidos por no se sabe quién. Por favor.

En fin, que el Opus Dei debería controlar más a sus "balas perdidas" ideológicas o se va a buscar un buen lío.

A ver si nos ocupamos de los problemas de verdad que hay en el mundo.

Que Dios os guarde. Un saludo

Ramón





Ainda sobre a homossexualidade e o opus dei.- nempedronempaulo

Fui numerário dos 15 aos 33 anos. E sou homossexual. Vivo com meu companheiro há muitos anos. Somos felizes. Nossas famílias nos acolhem como um casal qualquer e comum; nos amam! Temos muitos amigos não homossexuais que freqüentam nossa casa, sem nenhum problema ou preconceito. 

Eu me descobri homossexual quando ainda estava dentro do opus dei. Depois de um tempo vivendo uma vida dupla, resolvi enfrentar o problema e soltar o sapo. Era uma tentativa de viver de verdade a entrega a Deus. Falei várias vezes com os diretores sobre isso e vivi sinceridade selvagem acerca do tema. Contava minhas tentações e também minhas quedas ocasionais, “puladas de cerca” quando saía com alguns gajos “de fora”.

O interessante é que o diretor do centro – a quem, suspeito, também apetecesse contemplar as pernas de jogadores de futebol – pedia-me que lhe contasse detalhadamente  minhas aventuras, chegando a pedir explicações minuciosas do que e como ocorrera a “brincadeira” pecaminosa. Era além do que seria necessário contar. E eu contava, ingenuamente, achando que estava exercendo a sinceridade selvagem. Agora, penso que era mera concupiscência ou curiosidade mórbida ou voluptuosa do diretor.

No discurso que eu ouvia na conversa fraterna, com o leigo e com o sacerdote, diziam-me que uma coisa era ter tendências homossexuais e outra era praticar atos homossexuais. Eu teria de viver a castidade – abstendo-me de atos e tentações – da mesma forma que uma pessoa heterossexual. Não me diziam que era possível curar-me, mas me conduziam a uma luta de castidade.

Tenho quase certeza que vários numerários eram gays – alguns com cargos de direção (o meu próprio diretor da época, possivelmente) – que continuavam no opus dei e penso que, talvez, lutassem para viver a castidade tal como a mim me diziam para viver. Outros, talvez, possam ter dado suas “puladas de cerca”, como eu mesmo fiz à época, da mesma forma como deve ocorrer com outros numerários heterossexuais.

Há alguns desses numerários por aí. Um deles, por exemplo, transita no mundo das artes, em seu país. Ao que todos os boatos indicam,  esse fulano teria tido um “deslize grave” e o opus dei resolveu mandar o moçoilo para outra cidade. No novo centro, acabou por ser causa de várias dores de cabeça para o diretor, porque “sumia” durante horas, sem dar notícias ou explicação. Quando reaparecia, algumas horas depois, apresentava desculpas e justificativas para lá de esfarrapadas.

Pouco me importa se uma pessoa é gay, ou não. Pouco se me dá se o fulano é do opus dei, ou não. Para mim, o que realmente importa é se essa pessoa está sendo feliz. E, principalmente,  importa-me viver com liberdade e respeitar, profundamente, a liberdade dos demais.

Aos que afirmam que a “cura gay” é possível, eu lhes digo que:

(i)                  não se trata de cura, porque não diz respeito a nenhuma doença;

 

(ii)                 quando muito, pode-se reprimir a atração sexual por pessoas do mesmo sexo, mas não é possível afastá-la sem graves e profundos prejuízos para a sanidade mental da pessoa;

 

(iii)               tenho convicção de que nasci gay, sendo que a descoberta (confirmação) veio posteriormente, na adolescência, quando eu já estava dentro do opus dei, sem descuidar o fato de que, desde muito miúdo, eu sentia que tinha afeição especial por outros homens, sem saber o que isso significava realmente;

 

(iv)              o fato de eu ser gay não tem relação com nenhum fator de educação nem ambiental, porque tive a mesma educação, na mesma família e ambiente, que os meus outros irmãos varões heterossexuais;

 

(v)                não sei se tem causa ou fatores genéticos em jogo, mas sei que não decorre de educação ou fatos acontecidos na infância;

 

(vi)              é ridículo dizer que as associações de gays e lésbicas pretendem esconder dos outros gays e lésbicas a possibilidade de deixar de ser homossexual; essas associações pretendem o respeito aos direitos civis dos homossexuais, bem como que os outros entendam que não se pode forçar as pessoas a deixar de ser homossexuais, porque isso seria violência e contra a liberdade; e, no mesmo sentido, há de se deixar de tratar a homossexualidade como uma doença ou aberração a ser  curada;

 

(vii)             estar no opus dei, sendo gay,  pode ser, para alguns que  suportem a carga, um álibi perante a sociedade e a mim não cabe julgar o proceder dessa pessoa.

 

A todos, finalmente, desejo uma boa semana,  muito amor e muita liberdade em suas vidas!

nempedronempaulo





Escritos recomendados.- Agustina

Su sombra en la tierra, también en los altares. Isabel de Armas

Becas trampa. Monstruito

Mis últimos años en la obra. MMz

Sobre la depresión en el Opus Dei. Galileo




 

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