Olá de novo!

16 anos depois de deixar a Obra, onde fui numerária, o que sinto é o seguinte:

1. Sair, pelo menos para alguns de nós, supõe o exercício heróico de muitas virtudes, o que confirma que não estamos sós, ou seja, que Deus está verdadeiramente connosco nessa decisão. Na verdade, saímos sem dinheiro, sem relações de amizade, muitos de nós sem saber onde vamos dormir no dia seguinte. Saímos, muitas vezes, fora da nossa cidade de origem e sem qualquer meio de subsistência. Se não estivéssemos a seguir um mandato divino, como conseguiríamos nós isto? No meu caso, seguramente, saí para SALVAR a minha vocação de amor a Deus e ao próximo e só com o consegui com TODA a ajuda de Deus.

2. Ser um ou uma ex-Opus Dei é estigmatizante para toda a vida. Somos os leprosos da Biblia, de quem fogem, a quem põem de lado, etc, etc, etc. Vejo isto como uma graça de Deus que nos servirá a todos para a eternidade.

3. Estamos, pois, junto da Cruz, junto de Deus - Caminho, Verdade e Vida. A nossa é uma vocação ACTUAL e não uma vocação perdida do passado. É importante não perder isto de vista, bem como a ideia de que estamos aqui por AMOR, para ajudar e não para abater.

4. Não se põe uma luz debaixo de um alqueire... Nem a nossa ficará. Que ela dimane apenas Amor e Paz.

Um abraço a todos.

Nadaseperde