O Opus me deformou.- José Tomás
Fecha Friday, 17 October 2008
Tema 040. Después de marcharse


Faz muito, muito tempo, que não escrevo...

Gostaria de discutir um assunto que acho que ainda não foi suficientemente tratado aqui.

Quando nos entregamos a Deus no Opus Dei, éramos uns jovens generosos. Entregamos nossas vidas.

Não sei quanto a vocês, mas posso dizer com certeza que o opus me deformou. Hoje tenho 41 anos, sou casado e tenho uma filha. Mas não sou o que eu era. Não tenho mais essa generosidade. Posso dizer que sou um homem egoísta, que olha sempre em primeiro lugar seu próprio interesse. Sou utilitarista, uso as pessoas para meu próprio interesse. Já vi outros ex-membros fazerem o mesmo.

Dou pouquíssima atenção a minha “família de sangue” (especialmente minha mãe, que viveu por minha felicidade). Tenho absoluta necessidade de passar muito tempo sozinho. Quando entrei no opus, eu não era assim. Só passei 6 anos lá, e saí há 20 anos. O Opus Dei me estragou...

Tenho depressão crônica e tendência ao alcoolismo, como Augustina pôde bem comprovar quando estive em sua casa em Madrid há alguns anos.

Claro, tenho consciência de que tenho livre arbítrio como qualquer outro. Alguém poderia dizer que, se sou egoísta, depressivo e alcoólatra, a responsabilidade por isso é única e exclusivamente minha. Pode ser. Mas fico pensando se hoje eu não seria uma pessoa mais generosa e altruísta se o Opus Dei não tivesse tido a influência que teve em mim...

A passagem pelo Opus deixa marcas para a vida toda, não é algo de que nos possamos nos livrar simplesmente saindo de lá. De qualquer modo, acredito que quanto antes alguém saia, menores serão as cicatrizes.

Para pensar...

José Tomás

Traducción al español:



Hace mucho, mucho tiempo, que no escribo...

Me gustaría discutir un asunto que creo que aún no fue suficientemente tratado aquí. Cuando nos entregamos a Dios en el Opus Dei éramos jóvenes generosos. Entregamos nuestras vidas.

No sé a vosotros pero yo puedo decir con certeza que el opus me deformó. Hoy tengo 41 años, estoy casado y tengo una hija. Pero no soy el que era. No tengo aquella generosidad. Puedo decir que soy un hombre egoísta, que mira siempre en primer lugar su propio interés. Soy utilitarista, uso a las personas para mi propio interés. He visto que otros ex miembros hacen lo mismo.

Presto poquísima atención a mi “familia de sangre” (especialmente a mi madre, que vive para que yo sea feliz). Tengo una necesidad absoluta de pasar mucho tiempo solo. Cuando entré en el opus no era así. Solamente estuve seis año dentro y salí hace veinte. El Opus me destrozó...

Tengo depresión crónica y tendencia al alcoholismo, como Agustina pudo comprobar cuando estuve en su casa en Madrid hace algunos años.

Claro, soy consciente de que soy libre como cualquier otro. Alguien podría decirme que, si soy egoísta, depresivo o alcohóico, la responsabilidad por eso es única y exclusivamente mía. Puede ser. Pero me quedo pensando si hoy yo no sería una persona más generosa y altruista si el Opus Dei no hubiese tenido la influencia que tuvo en mí...

El paso por el Opus deja marca para toda la vida, no es algo de lo que nos podamos librar simplemente saliendo de allí. De cualquier modo, constato que cuanto antes se salga, menores serán las cicatrices.

Para pensar...

José Tomás







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