As cicratizes.- Vicereifoz
Fecha Monday, 08 September 2008
Tema 100. Aspectos sociológicos


Olá a todos (as)

Por volta dos anos de 1987/1988, começou o trabalho de agregados, em Braga, uma cidade no norte de Portugal.  Deve ter sido no Inverno, porque recordo que no primeiro dia em que ali nos deslocámos, vindos do Porto, para dar um círculo após o jantar, chovia e bem.  De regresso à cidade, junto ao Estádio de Futebol 1º. Maio, notámos que havia óleo na estrada. Numa curva, o carro começou a deslizar e não pudemos evitar bater num poste de iluminação, que acabou por cair.


Deste acidente resultaram alguns ferimentos graves no numerário que guiava o carro e,  em mim,  ferimentos numa perna, que originaram duas grandes cicatrizes. Depois de socorridos no hospital da cidade, fomos para um centro do Opus em Braga, em principio ficariamos a dormir num andar emprestado para este fim, mas dada a hora tardia, fomos para aquele centro, para no dia seguinte, um sábado, seguirmos viagem para o Porto. De manhã assistimos à Missa nesse centro, com as roupas rasgadas e com manchas de sangue.

nhamo-nos deitado bastante tarde,  e, de regresso ao Porto, só tive tempo de ir mudar de roupa a casa dos meus pais,  sair a correr e almoçar à pressa, para ir assistir a uma tertúlia no centro de agregados do Porto, para depois ir para as actividades do Mira Clube, no início da tarde. 

Só à noite, já em casa dos meus pais, é que tive oportunidade de olhar com atenção para as feridas  e fazer um  ligeiro curativo, com mudança de ligaduras, conforme indicação do médico do Hospital. Este ferimento causou-me dores e dificuldades em andar durantes uns dias: não seria melhor repousar a perna naquelas primeiras horas?  Não, isso não foi preocupação para ninguém.

Recordo o episódio porque as cicatrizes cá continuam - e para toda a vida. Muitos de nós que estivemos no Opus alguns anos ficámos, muitas vezes por falta de cuidado e por uma espécie de mentalidade providencialista e voluntarista completamente estúpida, com marcas físicas e  mazelas que sempre nos acompanharão. São marcas de quem deu muito de si ao Opus e só recebeu incompreensão na hora da  saída. Contudo, sigo em frente com alegria e força de viver, juntamente com a minha esposa e o meu filho.

Com um abraço para todos do

VICEREIFOZ










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