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 Revi no teu relato o início da minha saída de casa. Para Ami.- Tibete

020. Irse de la Obra
Tibete :

Estimada Ami,

Fiquei sensibilizada com a tua carta e só espero que possas compreender a minha língua (escrevo em português porque não me atrevo a escrever em castelhano – não há nada pior para um espanhol do que um português a tentar falar castelhano... quanto mais a escrever!!!! – não arrisco! Por favor, alguém que traduza, se for caso disso).

Começo por te pedir desculpa, Amy, por esta mensagem não ter surgido logo, mal enviaste a tua. Isso deve-se ao simples facto de ter ficado a reflectir sobre o que seria mais útil dizer-te. Em boa verdade, fiquei desconcertada porque revi no teu relato o início da minha saída de casa. Penso que se te contar aquilo que se passou comigo te poderá ajudar. Contudo, farei o meu relato partindo do princípio que sabes que SÓ TU podes decidir sobre a tua vida...

Também fui supernumerária (durante 6 anos), mas não era casada, nem tinha os compromissos que tu tens. Contudo, a idade e a experiência de vida que tenho neste momento permitem-me estar à vontade para te aconselhar. Quero dizer-te que a minha saída de casa demorou mais ou menos um ano e começou pelos sentimentos que tu relatas agora. Quero também dizer-te que nesse período emagreci 13 kilos!!!! Portanto... prepara-te, minha amiga...!

Vou contar-te resumidamente, o que se passou comigo.

As minhas primeiras dúvidas surgiram-me da mesma maneira que tu retratas: “Siento que no soy feliz, que no soy yo misma”. Era um sentimento genérico de desconforto, de não estar bem. Nem eu mesma sabia definir bem aquilo que sentia. A única coisa que sabia era que não estava bem.

Não sei se tu já disseste isso na charla fraterna ou na direcção espiritual. Recordo que quando eu o fiz, a resposta foi que eu andava a pensar muito em mim, a centrar as coisas em mim, não estava a ser humilde, nem a viver a humildade – em resumo, era uma orgulhosa e egoísta. Deveria dedicar-me à lista de S.José e à Intenção Especial – fazer proselitismo, muita mortificação, muito abandono de mim mesma, jaculatórias permanentes, presença de Deus, e sobretudo, rezar ao Nosso Padre.... (não sei se ainda existe a Intenção Especial. Durante o tempo em que eu fui do Opus Dei, a Intenção Especial foi uma constante a par com as diferentes Intenções Mensais. Na altura, ninguém sabia o que era a Intenção Especial, mas todas as pessoas de casa tinham de se mortificar e rezar por ela em primeiro lugar. Penso eu que se tratava da passagem do Opus Dei ao estatuto de Prelatura – conseguido poucos meses após eu ter saído de casa).

Continuando, lutei para não ser nem orgulhosa nem egoísta - os meus propósitos eram não pensar em mim, dedicar-me aos outros, aniquilar-me em nome de Deus. Aumentei as mortificações corporais e fui escrupulosa no cumprimento do plano de vida. Mas foi terrível porque, sem saber, já estava a lutar contra mim mesma! Mesmo assim, já cheia de dúvidas, continuei a fazer o que o OD me dizia para fazer!! E organizei cursos... E organizei palestras... e fui preceptora de muito boa gente.... Tudo isto numa localidade onde não havia um Centro... elas (as numerárias) vinham da capital, com muito sacríficio! e eu tudo fazia para que fossem bem recebidas!


Contudo, continuava a não ser feliz. Tal como tu, Amy, disse: só quero ser uma pessoa normal, “una vulgar pecadora”. E acrescentei: “se calhar não tenho vocação...” A resposta foi laminar: “Na vocação não se toca”. Mais uma vez, calaram-me e continuei nesta luta aparentemente perdida! Cumprimento do plano de vida, proselitismo....

O drama maior veio depois. Aconteceu na oração da tarde (30 min) – vi Deus dum lado e o Opus Dei do outro!!!!!!!!!! – tenho de dizer de fiquei perplexa! Esta dissociação deitava abaixo tudo aquilo que eu me tinha construído e em que tinha crescido.... Zanguei-me com Deus por me fazer ver esta dissociação!! Mas era patente! O Opus Dei e as coisas associadas (amor e adoração exasperadas ao Nosso Padre e ao Padre – na altura, era D.Álvaro del Portillo) não tinham nada que ver com ......uma coisa muito simples....... amar a Deus!

Foi a partir deste momento que eu tive a certeza de que queria sair de casa. A partir daqui as relações entre mim e com quem fazia a charla e a direcção espiritual passaram a ser... mais hostis. Eles(as) acabaram por perceber que me tinham perdido, por mais que fizessem.

Devo dizer-te, Amy, que neste processo fui sendo atendida por pessoas cada vez mais importantes dentro da hierarquia do Opus Dei. Quanto mais eu ia afirmando a minha saída, mais importantes eram as pessoas que me atendiam!

Digo-te tudo isto para perceberes que, a partir do momento em que tens dúvidas, tudo farão para te manterem. Mas vais ter de saber lidar com isso! E, sobretudo, tens de saber aquilo que queres. Afirmas que tens compromissos – os teus filhos estão num colégio do Opus Dei, tu és a directora dum centro educativo.....mira, Amy.... o que é que isso importa para ti? Amy, digo-te com toda a sinceridade e contra tudo o que no Opus Dei te poderão estar a dizer – pensa em TI, no que TU queres, para TI.- Isso não é falta de humildade, nem de orgulho, nem de soberba.


Os filhos, o marido, os pais, os tios,....os outros não importam! Solo tu lo sabes lo que tu quieres para ti y para tu vida!

Un abrazo lleno de fuerza

Tibete

Nota: del oreja: se va a traducir el correo de Tibete, una buena amiga portuguesa, y el próximo día lo colocaremos en español.


Publicado el Thursday, 23 September 2004



 
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