O Opus Dei, a Independência de Acção dos Seus Membros e a Comunicação Institucional

setembro 22, 2007
Paulo Teixeira Pinto, supranumerário e ex-CEO do Banco Comercial Português (BCP), terá pedido a demissão do Opus Dei?

O Blogue Puro Arábica, numa primeira instância, defende que seria impensável a coexistência de posições tão diferentes, na Obra.

Paulo Teixeira Pinto, através de um email que escreveu e que foi publicado no mesmo blogue, negou ter abandonado a instituição.

Apesar do envio deste email, muitas dúvidas pairam ainda no ar.

Serralves em Festa! 40 HORAS NON STOP

junho 2, 2007

(Clique na imagem)

Vejam só a programação …

e depois…, atrevam-se (Uhmmmm!!!!) a dizer que o Porto não é uma Nação…

Schuuuuu!!!
(Agora é para não divulgar,
porque pode tornar a coisa caótica:
É tudo sem pagar … !!!)

maio 28, 2007

O A Arte de Roubar, confesso, surpreendeu-me com esta nomeação para o Prémio Blogue com Tomates instituido pelo Blogue, com o mesmo nome.

Que poderei fazer para agradecer? Talvez dedicar este andamento do Quinteto de Schumann

Robert Schumann, Quinteto para Piano op.44,
In modo d’una marcia. Un poco largamente

Agora compete-me nomear outros …

São eles:

Do Portugal Profundo

Grande Loja do Queijo Limiano

Diário Ateísta

A Arte da Fuga

Dia Internacional da Mulher

março 8, 2007

Aparentemente, tudo se passa com normalidade. As mulheres no Opus Dei exercem os seus deveres e reclamam –SEMPRE- os seus direitos de cidadania. Aparentemente são mulheres informadas – muitas são licenciadas e pós-graduadas- e têm um perfil empreendedor e dinâmico. Na sua história de vida (pública) surgem momentos de luta, de combate por ideias.
Mas… a acompanhar estas vidas e este discurso exterior, há um outro, inúmeras vezes repetido por responsáveis, directores, sacerdotes do Opus: “o papel, o cargo mais importante na vida de uma mulher é o de ser mãe e esposa”. De tal forma é repetido que, em jeito de Admirável Mundo Novo, condicionando-as, são já transformadas em militantes desta “nova e insurrecta ordem de coisas”. Convencidas que são as mais felizes das mulheres, por terem na família o seu contra-poder, a sua forma de luta, lá vão, ano após ano, conformando-se em ser apenas meios ao serviço da Obra.Têm, normalmente, famílias numerosas – a

Marypt já abordou este assunto de forma exemplar.
No entanto, este conceito de “famílias numerosas” tão característico das famílias de supranumerários do Opus, apenas se vê aplicado a agregados familiares com um determinado estatuto económico, religioso e social. Sabendo que estas famílias visam, sobretudo, a “criação” de membros numerários e a reprodução do modelo de indivíduo veiculado pela Obra, a pressão demográfica, social, religiosa e, enfim, política daí resultante, mais não era que uma forma de eugenia mal disfarçada.Como em todos os domínios, são as mulheres que fornecem a base de sustentação para a implementação de ideologias. Eu queria ver o que acontecia se as mulheres do Opus dissessem Não à escravatura sexual – uma mulher do Opus não pode “negar-se” ao seu marido – , se dissessem NÃO, à obrigação de submeter toda a sua vida a uma hierarquia de obediências.

 

 


Declaração de Bruxelas

março 4, 2007

  • Nós, o povo da Europa, aqui afirmamos os nossos valores comuns. Não se baseiam numa só cultura ou tradição, mas assentam em todas as culturas que conformam a Europa moderna.
  • Afirmamos o valor, a dignidade e autonomia de cada indivíduo e o direito de todos à maior liberdade possível compatível com os direitos dos outros. Defendemos a democracia e os direitos humanos e procuramos para o maior desenvolvimento possível de cada ser humano.
  • Reconhecemos o nosso dever de cuidar de toda a Humanidade incluindo as gerações vindouras e a nossa responsabilidade e dependência da Natureza.
  • Afirmamos a igualdade de homens e mulheres. Todas as pessoas devem ser tratadas de igual forma perante a lei, independentemente de raça, origem, crença religiosa, idioma, género, orientação sexual ou capacidades.
  • Afirmamos o direito de todos a adoptarem e seguirem uma crença ou religião da sua escolha. Mas as crenças de qualquer grupo não podem ser utilizadas para limitar os direitos dos outros.
    Defendemos que o Estado deve permanecer neutro em questões de religião e crença, sem favorecer nem prejudicar ninguém.
  • Defendemos que a liberdade pessoal deve ser combinada com a responsabilidade social.
  • Procuramos criar uma sociedade justa baseada na razão e na compaixão, na qual cada cidadão possa desempenhar plenamente o seu papel.
  • Defendemos tanto a tolerância quanto a liberdade de expressão.
  • Afirmamos o direito de todos a uma educação aberta e completa.
  • Rejeitamos a intimidação, a violência e a incitação à violência na resolução de disputas e defendemos que os conflitos devem ser resolvidos através da negociação e por meios legais.
  • Defendemos a liberdade de investigação em todas as esferas da vida humana e a aplicação da ciência ao serviço do bem-estar humano. Procuramos usar a ciência de forma criativa, não destrutiva.
  • Defendemos a liberdade de criação artística, valorizamos a criatividade e a imaginação e reconhecemos o poder transformador da arte. Afirmamos a importância da literatura, da música e das artes visuais e do espectáculo para o desenvolvimento e realização do ser humano.

25 de Março de 2007, no 50º aniversário do Tratado de Roma e da fundação da União Europeia

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O que nos diz o "Diário Ateísta" a partir de um texto de Alberto Moncada

fevereiro 4, 2007


As casas do Opus Dei não são um modelo de liberdade e, muito menos, de felicidade. A poderosa seita que se apropria das consciências, da vontade e dos haveres das vítimas que alicia, é um alfobre de depressões onde os anti-depressivos substituem a eucaristia.

Ninguém de são juízo e recto entendimento espera da prelatura pessoal que JP2 legou ao Papa Ratzinger (B16) desprendimento dos bens materiais ou respeito pelas liberdades individuais.

O pio fundador Escrivá de Balaguer, franquista, fanático e autoritário, foi um vivo de virtude duvidosa e um morto de reconhecida santidade. Ciliciava-se amiúde, conhecedor como ninguém dos pecados que lhe cabia expiar. Hoje é um cadáver abençoado e uma mina de relíquias para a ICAR transaccionar.

O pior são os escândalos financeiros (casos Rumasa e Matesa) e as perturbações mentais que afligem os numerários enclausurados sob o constrangimento psicológico dos padres da prelatura, treinados a eliminar a vontade e a transferir os haveres dos candidatos ao Paraíso.

O suicídio de membros numerários acontece, apesar do pecado que compromete a alma e o prestígio da prelatura. A santidade dá lugar à depressão e a fé à tristeza da condição a que se submeteram. Mulheres universitárias fazem tarefas menores sob controlo de varões. A clausura anula a vontade e compromete o juízo.

Há casas do Opus Dei quase exclusivamente dedicadas a tratar perturbações que Deus envia aos imprevidentes que nele confiam. Um dia é uma mãe de família numerosa, muito ligada à «Obra» que se atira pela janela dum consultório de ginecologia. Outro dia é uma numerária da Andaluzia, professora de Filosofia, que se suicida com um tiro, em Pamplona. Um dirigente do Opus Dei, em Córdoba, professor de Física e grande desportista atira-se da janela da sua casa e o suicídio é atribuído a sonambulismo. O enforcamento é também uma forma de libertação.

O quarto piso da Clínica Universitária de Navarra (do Opus Dei) é dedicado ao tratamento específico de numerários e numerárias que sofrem de perturbações mentais.

É intrigante o ambiente que se vive na seita que passou a viver à rédea solta, sem controlo episcopal, depois de ter sido transformada em prelatura pessoal de JP2, estranha e singular situação de que goza a mais opaca e tenebrosa agência da ICAR.

Um dia, estas situações chegarão aos tribunais. Até lá o sofrimento e o desespero invadem o antro sob a bênção do Vaticano.

Fonte: Alberto Moncada (especial para ARGENPRESS.info)* (Fecha publicación:12/06/2005)


Diário Ateísta

Opus Dei – Uma Cruzada Silenciosa

janeiro 29, 2007

janeiro 25, 2007

Josefa de Óbidos , “Natividade”

RESCALDO DE NATAL
– Maria

O clima de fé e íntima alegria da época de Natal que recentemente vivemos, revolveu em mim recordações, antigas e recentes, cruzadas com vivências familiares e encontros de amigos… Um destes marcou-me profundamente e motivou-me para escrever algo sobre o que foi/é a comemoração do Natal na obra, mas sem a mínima pretensão de ser exaustiva. Apenas soltarei, agora, alguns fios desse novelo intrincado de memórias e, com eles, tentarei compor estas ‘pinceladas de Natal’…ou notas soltas que poderão evocar muitas outras, dessa sinfonia cinzenta que foi a passagem de muitos de nós pelo opus dei.

1. As ‘cartas ao Menino Jesus’ eram escritas em Outubro, para as prendinhas serem mais baratuchas. A obra (‘la madre guapa’) dispendia comigo uns escudos dos muitos milhares que escrupulosamente lhe entregava, porque acreditava que era a minha famí-lia … e era divina…

Essas festas de Natal eram cada desilusão… Muitas vezes, pela má qualidade dos presentes, mas sobretudo pelo ar de ritual…para salvaguardar uma fachada. Era tudo tão formal, tão rígido, espartilhado, hirto, sem naturalidade…não fosse alguma gargalhada desdizer da triste festa…Até as canções tradicionais ao Deus Menino (algumas bonitas e que ainda recordo tantos anos volvidos) ficavam tristes…É que faltava a mãe e o pai e os irmãos verdadeiros… e faltava a estima, o sentir-me querida tal como sou, independentemente do número de membros angariados…

E com este episódio de aparente ‘vida de família’ tentava-se abafar a amargura de uma vida dentro de um colete de forças diário, com permanente controle…em que até o próprio Deus ( Pai perdoa-me!) era ‘sentido’ como espião…

Claro que isto era o vivido…porque a letra escrita (sobretudo a que é entregue ao Papa e aos Bispos) é outra música… Até fala muito de amor e de liberdade.

2. À minha experiência pessoal juntou-se o tal encontro com uma colega de estudos…
Tinha o rosto marcado por rugas demasiado vincadas para a idade e por uma manifesta incapacidade de sorrir…

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"Quando m’en vo", La Bohème, Puccini

janeiro 18, 2007

CONFIDENCIALIDADE E ABORTO NA OBRA – EBE

janeiro 11, 2007


No próximo dia 11 de Fevereiro, realizar-se-á em Portugal um referendo sobre a questão da despenalização do Aborto. A pergunta aprovada pelos orgãos constitucionais competentes é:

“Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”

Este é um tema ao qual este blog não vai estar alheio uma vez que, também nesta área, o Opus Dei apresenta idiossincrasias que importa divulgar.

CONFIDENCIALIDADE E ABORTO NA OBRA – EBE
(retirado de Opuslibros, de 15 de Maio de 2006)


Con motivo de la publicación del texto sobre Silencio de oficio y de los diferentes comentarios que recibió por parte de Agustina y Oráculo, me pareció oportuno reflexionar sobre una aplicación directa de esos criterios allí contenidos, en especial el citado punto o nota 65:

65. Si se entiende bien que quien imparte la dirección espiritual es el Opus Dei, fácilmente se comprende que no tendría sentido, por ejemplo, que al hacer la charla fraterna alguien pusiera como condición, para tratar un tema determinado, que quien la recibe se comprometiera a “no contar a nadie” lo que va a decirle; o que éste último, pensando facilitar la sinceridad, equivocadamente dijera al que hace la charla: “cuéntamelo todo y no te preocupes, porque no se lo voy a decir a nadie más”. En estos casos hipotéticos, la persona que recibiera la charla dejaría de ser instrumento para hacer llegar la ayuda de la Obra: esa conversación no seria una charla fraterna de dirección espiritual.

Cuidar la intimidad es un tema muy importante y más aún dentro de la prelatura Opus Dei. Creo que es importante que se tenga conciencia de esto y exigir el respeto de los propios derechos, en particular en lo que hace a la intimidad.

Pienso que much@s supernumerari@s se sentirán alarmados o perturbados, ya sea porque les toca de manera directa o porque simplemente les afecta la sola idea o posibilidad de que esto que aquí se escribe sea cierto. No es para menos.

La supremacía del control

La Obra es sobre todo Gobierno, más que dirección espiritual. Esta idea es clave.

Una experiencia compartida por varios, es que desde el momento en que un/a numerari@ –agregad@s y supernumeari@s no les es permitido- entra a trabajar en una Delegación o en una Comisión Regional la sorpresa que se lleva es absoluta, cuando toma conciencia de que esa organización desorganizada –como le gustaba llamar a su fundador- esconde dentro de sí un grado de control desconocido hasta entonces (luego, uno se acostumbra a ello, como si viera llover).

A partir de aquí se entienden muchas cosas y si no se tiene en cuenta este hecho, se puede vivir engañado durante años.

Lo que sucede es que a ese gobierno no se lo ve ni se lo siente (un gobierno en las sombras), por eso pasa desapercibido (‘leitmotiv’ del fundador, pasar oculto) y lo que se percibe en cambio es una cataratas de meditaciones, charlas, etc. sin advertir la estructura que organiza todo aquello. Así como un club de fútbol es una pantalla que esconde el motivo real (la meditación de los sábados), la formación es otra pantalla que hace posible el gobierno. ¿Cuál es la verdad detrás de todos estos mecanismos de simulacro?…
El mismo estilo suave y delicado de decir y hacer, por parte de la Obra, logra un efecto narcotizante y hasta muy placentero, que impide tomar conciencia de lo que está pasando o a lo que se está sometiendo (razón por la cual uno puede pasar años dentro sin reaccionar; de ahí la necesaria labor de crítica). Una muestra de ello es el estilo paternalista con el cual está escrito el texto de gobierno que cita Oráculo: todo allí pareciera estar al servicio del bien de los demás, cuando en realidad es el modo como la Obra encubre sus intereses de gobierno: tomando como excusa el amor al prójimo.

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